Tragam suas cascas de laranja!

Publicado: agosto 20, 2011 em Uncategorized

Reabro este espaço para refletir sobre um tema que me assolou durante essa última semana. Acho justo contar a história desde o início para vocês acompanharem a linha de raciocínio desde o princípio. Primeiramente, vi um post do blog Ortodoxo Moderno, questionando e criticando a postura de um colunista do periódico “Agora” de São Paulo. Na publicação, o jornalista Adriano Pessini condenava torcidas de brasileiros que se organizam e torcem por times internacionais. A crítica sobre a coluna foi feita por Márcio Donizete, e ao meu ver, conseguiu rebater a altura, expôs sua opinião com clareza, ao ponto de me fazer concordar com o que tinha sido dito. Leia a postagem inteira AQUI.

Achei sadio um blog rebater uma publicação de um grande jornal brasileiro e como concordei com o que foi dito, não deixei de tecer o meu próprio comentário na postagem:

A resposta pra esse Adriano é simples. Será que ele não sabe que o Brasil foi CINCO vezes campeão mundial???? E será que ele também não sabe que todas essas cinco vezes, 99% da população brasileira assistiu pela TV???

Se ele se encaixa nesses 99%, ou pelo menos já presenciou algum brasileiro torcendo após vencer uma Copa do Mundo, digo pra ele que o sentimento do torcedor de time estrangeiro comemora da mesma forma.

Eu, por exemplo, torço FERVOROZAMENTE pelo Lyon da França. Sou dono do único blog brasileiro do time e falo, sem problemas, que ultimamente ele vem me dando mais alegrias que o meu time aqui do Brasil. Assisto todos os jogos, e pra conhecimento do Sr. Adriano, ultimamente não existem apenas TVs em HD, mas também a INTERNET, que tem um alcance MUITO maior que uma simples caixa de tubos. Se eu quiser ver a segunda divisão da Finlândia, eu consigo. Se eu quiser ver um amistoso da Seleção da Ilha de Páscoa, na beira da praia, com os famosos tótens ao fundo, eu também consigo… e JÁ VI!.

Portanto, Adriano, sua coluna foi absolutamente infeliz. Você não tem conhecimento de causa pra palpitar dessa forma. Tenho absoluta certeza que você, sequer, conhece essa torcida do Arsenal que foi citada. Dessa forma, proponho um desafio. Uma tarefa antropológica. Passe uma semana acompanhando essa torcida. Mas esqueça o jogo. Observe as reações. Se você notar alguma coisa de diferente dos famosos torcedores de radinho, que encontramos aos montes no Brasil, eu retiro tudo que disse nesse comentário.

Publiquei de maneira despretensiosa.  A ideia não era levar o assunto adiante. Entretanto, pouco tempo depois, recebi o apoio do próprio autor do post e de alguns que visitaram a postagem, concordando com a minha opinião. Fiquei satisfeito pela pequena repercussão, e não achei que passaria daquilo ali.

Eis que, no dia seguinte, os mesmos que me elogiaram, me mostraram uma postagem em outro blog. O Forza Palestra atacou, AQUI, de maneira preconceituosa, a postagem do Ortodoxo Moderno e fez acusações embasadas no vazio, ou então no juízo de valor formado pelo nicho em que ele vive. Fiquei incomodado com aquilo e publiquei a seguinte postagem no Twitter, em protesto:

A crítica foi fundamentada em uma analogia do futebol antigo. Na época citada, os torcedores que não se conformavam com pensamentos opostos ao seus, arremessavam ao gramado, de maneira inconsequente, qualquer objeto que havia ao seu alcance. Frutas, como as laranjas, eram algo bastante comum nos estádios de futebol, e como só sobram as cascas e os bagaços, não havia hesitação na tentativa de agredir ao árbitro ou adversários.

Não demorou para que o próprio Forza Palestra me rebatesse no Twitter. O que desencadeou uma conversa que perdurou por grande parte daquele dia. Segue abaixo a primeira parte da conversa:

Não precisa fazer muito esforço para reparar que logo na segunda postagem dele, já fui atacado de maneira irresponsável por uma pessoa que prega o “bom jornalismo” a todo momento. Perdeu-se ali um dos princípios básicos, que se aprende ainda no primeiro período da faculdade de Jornalismo: saber ouvir.

Na terceira postagem ele já me atinge, fazendo comparações absurdas, e me tratando de uma maneira generalizada, como se eu já fosse um velho conhecido, que não tinha os mesmos pensamentos dele. Por fim, formei a minha opinião sobre o impulsivo perfil que me agredia: ele realmente parece ter inveja dos adolescentes de hoje em dia, que possuem um vídeo-game em casa, e conseguem preencher seus horários de ócio com algum entretenimento. Não que isso seja alguma vantagem, mas nitidamente ele deixa transparecer que tem algum problema com esse tipo de situação. Talvez um trauma de infância, quem sabe (?).

Depois de algum tempo, quando se viu desarmado e, incontestavelmente, sem argumentos, decidiu usar um artifício medroso. Recortou um pedaço, ao léu, da nossa conversa (mais um exemplo de mau jornalismo), e publicou no seu perfil. Indiretamente ele fazia um convite aos seus mais de 2 mil seguidores para me atacarem, sem ao menos o pessoal saber do que se tratava.

Obviamente, alguns mancebos e fantoches manipulados apareceram para concordar com o “dono da verdade”.  A partir de então tive um diálogo (se é que podemos chamar assim) com mais três pessoas que compactuam com a mesma opinião do Forza Palestra. As conversas estão printadas abaixo. Na íntegra (diferentemente do que ele faz), e fica perceptível quem é que realmente tem, e quem não tem, argumentos.

Quando realmente achei que poderia conversar, o tão soberbo argumento dos ditos “torcedores de verdade” se baseia apenas em rodar a catraca do estádio. O ato de ir para as arquibancadas, na visão deles, o tornam torcedores, e os demais não. Volto ao comentário que fiz no Ortodoxo Moderno. Buscarei apenas o primeiro parágrafo para refrescar a memória:

(…) Será que ele não sabe que o Brasil foi CINCO vezes campeão mundial???? E será que ele também não sabe que todas essas cinco vezes, 99% da população brasileira assistiu pela TV???

Reforço que sou torcedor do Lyon da França SIM! Comemoro e vibro em casa, vendo pelo sofá, SIM! Mas me diga, com provas cabais, o que tornam eles mais torcedores do que eu? Será que vou precisar assistir aos jogos pela TV com um saco de laranja ao lado do meu sofá? E meu cachorro? Onde ficará posicionado? Vou precisar reestruturar o espaço físico da minha sala para me adequar ao modelo antigo e tacanho de ver futebol.

Em seguida, foi a vez de um outro torcedor rebater a minha opinião. Mais um influenciado pela chibatada do capataz-mor que ditou a minha linchada por debaixo dos panos.

Meus amigos, por favor, peço a opinião de forma sincera. Quem são os alienados nesse caso? Se eu realmente estiver errado em tudo isso, me avisem. Não é possível que eu seja a conspiração do universo. Será que realmente faço parte de uma corja que está assolando o futebol brasileiro? Estou acabando com a paixão? Será que a geração “Winning Eleven”, tão condenada pelos palestrinos vai rasgar, por osmose, as obras de Nelson Rodrigues? O mais cômico é ver que essa xenofobia vem de parte de torcedores de um time que já teve Itália em seu nome. Será que já houve esse tipo de reflexão por parte deles? Mas enfim, não vou entrar em detalhes, até mesmo para não fugir do ideal.

Por último, tive um bate-papo com o último torcedor que condenava o meu modo de ser (nesse caso, não é nem modo de torcer, afinal de contas, para eles, não sou considerado um torcedor). Esse, ao menos, soube ter uma conversa de gente grande. Não me rebateu com agressões, mas no final também ficou desarmado. Veja:

… e não obtive resposta até então. Resumindo? Existem pessoas com pensamentos minimalistas. Parecem defender a sua causa de uma forma narcisista, porém infundada. É um misto de medo com pseudo-orgulho. Medo de ver a sociedade inteira torcendo para times de fora – o que seria impossível –. E pseudo-orgulho de defender uma ideia baseada apenas em achismos. Uma causa sem fundamento prático. Sem provas.

Deixo o espaço aberto para debatermos sobre o assunto. Realmente fiquei espantado. Não sabia que existia essa espécie de xenofobia-brasileirinha de torcidas por aqui. Discordando disso, ou não, acho um assunto amplo. Dá para haver um debate interessante sobre o tema, desde que seja com pessoas que realmente tenham argumentos (válidos) e que saibam conversar de maneira civilizada, como foi o exemplo do torcedor do último print.

Já aviso de antemão que não aceitarei comentários com xingamentos nesse post. Quem quiser postar aqui seja, no mínimo, educado.  É o principal fundamento para qualquer conversa de gente que recebeu educação. Não me venham ser arruaceiros de estádios. Mas se quiserem trazer suas laranjas, o espaço está aberto. Só não arremessem no juiz, adversários ou em mim.

comentários
  1. Perfeito Filipe, exatamente o que pensei na hora que vi os “bate-papos” no Twitter e os “comentários” no post do Márcio. Enfim, pra mim não existe essa de que para ser um torcedor “verdadeiro” tem de ir ao estádios, se fosse assim torceria apenas para o Goiás (o único time dos que torço, que tive a oportunidade de ir ao estádio), não seria flamenguista, não seria nerazzurro (cujo criei um site: internazionale.com.br), nem seria torcedor do Liverpool…

    E parabéns pelo post, respondeu à altura aos “argumentos” dos que se dizem torcedores “verdadeiros”.

    Abração!

    • Rafael disse:

      Torcer para 4 times? Deve ser sacanagem…
      Time é um só! É aquele que se torna mais que um time, passa a ser nossa vida… tá na alma.
      Você é capaz de dar tudo por ele.

      Outra coisa é você ter simpatia por outro, ou gostar de ver os jogos ou porque gosta do futebol de algum jogador ou da atmosfera de tal jogo (eu, por exemplo, gosto do campeonato argentino pelo futebol mais pegado e pela paixão dos barrabravas PRESENTES).

      O FLAMENGO NÃO PRECISA DE VOCÊ!
      FUTEBOL COM ALMA!

      • Rafael meu companheiro, você nem ao menos me conhece para poder falar se eu torço ou por quatro times… você nunca viu eu acompanhando os jogos desses quatros times… esses “argumentos” simplesmente são ridículos.

        O que é mais ridículo, é ver que não respeitam mais a opinião dos outros, isso sim é o pior….

        É flamenguista também? Saudações Rubro Negras. Forte abraço campeão!

  2. Márcio Donizete disse:

    Ahh, o Forza Palestra só sabe argumentar insultando. Quando ele começar a argumentar com respeito, aí dá até pra pensar em debater. Parabéns, Filipe, show de bola a coluna. Abs!

  3. Danilo disse:

    hHahaha; chega a ser absurdo essa discussão. Parece que eram crianças que estavam “argumentando”, triste demais ver pessoas com mentalidade assim. Mandou bem. Abs!

  4. André disse:

    O Adriano foi muito infeliz nessa coluna.

    Ele levantou duas polêmicas: torcer por clubes estrangeiros e o papel do real torcedor. Faço essas duas perguntas. Qual o problema de torcer por equipes estrangeiras? Será que não podem ser considerados torcedores só pelo fato de não irem aos estádios?

    Torcedor não é somente aquele que vai ao estádio, e sim aquele que sente amor, paixão e defende com unhas e dentes aquele determinado time.

    Será que o Adriano fez uma pesquisa com os brasileiros que não frequentam os estádios? Será que eles não gostariam de ir? Muitos deixam de ir ao estádio pela condição financeira, ou também pelo aumento considerado da violência no futebol principalmente nos clássicos e contra torcidas rivais.

    E como você mesmo retratou no post, Filipe, é fácil assistir um jogo da segunda divisão da Finlândia. Na internet você encontra tudo isso e é possível ter amor e torcer por uma equipe acompanhando de longe…

    Como existem pessoas atrasadas em um mundo globalizado…

  5. Papai Tiago Leifert deve estar feliz da vida, não é?

    Vamos lá, aprendiz de jornalista:

    É notável a sua persistência. A princípio, trata-se de um diferencial em relação ao outro aprendiz de jornalista, aquele que se viu atacado no tal Ortodoxo e se calou. Mas só a princípio. Porque a verdade mesmo é que, com essa tentativa de agora, você só se compromete mais. Entendo a vontade de querer fazer valer o seu ponto de vista, mas você é despreparado para isso.

    Seu discurso é tão raso que você próprio se encarrega de escrever aquilo que depõe contra você.

    A começar pelo título. Veja só: essa historinha da “casca de laranja” é uma das analogias mais bizarras que eu já li. Você já se compromete no título, na primeira imagem e na tentativa de construir toda uma explanação com base em uma premissa das mais risíveis e constrangedoras – para você, e só para você.

    O simples fato de você referendar o texto pueril do Ortodoxo demonstra a sua limitação intelectual. Porque eu já me encarreguei de detonar tudo o que ele escreve, a começar por aquele trecho repugnante que eu destaquei no meu blog.

    Fosse você um pouco mais inteligente e perceberia que a origem disso tudo partiu de um post do meu blog mesmo, porque veio dali a divulgação da coluna do Agora SP. Vale apurar isso antes de escrever besteira.

    Quanto às minhas opiniões, elas são sustentadas por 716 jogos em 49 estádios diferentes de todo o mundo. Esse tempo todo somado (no estádio!) é maior que todas as horas de futebol que você terá visto pela TV em toda a sua vida. Simples assim.

    Seguimos em frente, e aí descubro que você, não satisfeito em já ter passado vergonha uma vez, insiste na história do videogame. É absolutamente patético. Tanto que eu nem preciso entrar em detalhes; você poderia fingir que não tinha escrito isso, mas insiste. Azar o seu.

    (Só um aparte necessário: na minha época, os adolescentes não eram fracos como você e os da sua geração. Na minha época, ninguém falava em “bullying”. Na minha época, moleques como você eram zoados no colégio e ficava por isso mesmo.)

    Uma coisa é certa: você ao menos publicou aí todos os tweets e todas as informações relevantes. Mas a sua fragilidade é tão flagrante que você já produz o conteúdo que te condena.

    É provável que um dia, já formado, você perceberá o quanto se expôs ao ridículo com isso tudo. Perceberá a sua alienação, o seu completo despreparo e a debilidade de suas palavras. Mas aí pode ser tarde demais.

    ###

    _OFF: a grafia correta é “fervorosamente” e não “fervorozamente”.

    _Seu texto tem mais umas cinco ou seis afirmações descabidas que eu poderia desconstruir. E você próprio as teria evitado se ao menos tivesse passado por aulas básicas de interpretação de texto.

    _Boa alienação para vocês. Enquanto isso, eu vou para o estádio.

    • filipedidi disse:

      Continuo achando suas afirmações infundadas. Ainda quero descobrir com qual propriedade você se acha mais torcedor do que os demais? Pelo simples fato de gozar do poder aquisitivo e financiar suas idas ao estádio? Ou é comparsa de algum cartola que libera sua entrada? Independente disso, você não conhece todo mundo que torce para os times de fora. Não pode fazer afirmações que você acha. Você está julgando gente do Brasil inteiro sem sequer saber quem são. Isso você não conseguiu explicar até agora, e tenho absoluta certeza que não conseguirá, pois não é capaz. Chega ao ponto de afirmar que já viu mais jogos em “in loco” do que eu vi na vida. Patético! Outra afirmação sem comprovação alguma. Cabeça-dura, fechada. Soa como um integrante de toricida organizada que só enxerga o seu bel-prazer.

      Ahh, e obrigado por corrigir minha grafia. Aposto que ficou procurando erros no texto inteiro para conseguir rebaixar a minha postem. Afinal de contas, meu discurso é tão raso que até agora não apareceu nenhum argumento REAL para rebater minhas ideias, né?. Recebi no máximo mais uns três mancebos seus pelo Twitter. Todos da sua laia. Por que será que não aparecem gente fora do seu círculo de amizades para me rebater? Volto ao ponto da marionete…

      O debate continua em aberto. Não chegou nem perto de me convencer do contrário ainda.

  6. Concordo demais com você Filipe!

    Eu por exemplo, tenho meu time aqui no Brasil, óbvio, 99% têm, torço e vibro por ele, mas isso não impede de eu ter minhas torcidas Européias também.

    Torço e vibro também pelo LOSC(o qual amo muito), Seleção Francesa & Chelsea.

    Não é preciso ir ao estádio pra amar um time, você torcer, saber tudo dele, ficar feliz quando ele ganha, ficar triste quando ele perde, entre essas coisas vai muito acima disso.

    Você vai longe cara, parabéns, abraço, se precisar tou lá no Twitter tu sabe 🙂

  7. Filhote de Tiago Leifert,

    É preciso tratar de maneira diferenciada as pessoas que têm condutas diferenciadas. Torcedor é aquele que vai a estádios, porque só faz sentido se dizer torcedor se você efetivamente “torce” pelo time e o empurra à vitória.

    Não preciso te convencer de nada. Só digo que você não é torcedor, mas sim um mero simpatizante ou no máximo um propagador do marketing predatório dos clubes europeus.

    O discurso de globalização de algumas pessoas aí mostra que trata-se de uma geração perdida, que não entende o que é futebol.

    Lê isso aqui: http://forzapalestra.blogspot.com/2011/03/ruptura.html

    E eu vou para o estádio, que é o meu lugar.

    Passe bem.

    • filipedidi disse:

      Li seu post “Ruptura”. Respeito sua opinião, como já disse anteriormente. Mas é uma pena saber que você não respeita a nossa e continua batendo na tecla e nos acusando de coisas sem fudamento.

      Para encerrar, ao menos por enquanto, Aurélio é pragmático, meu caro:

      “TORCEDOR: Aquele que torce”

      Não enxerguei a palavra “estádio” em lugar algum. Uma pena, né?

  8. PERGUNTA: suponhamos que um torcedor que se cunha nos termos do Forza Palestra, por qualquer motivo que seja, tenha que MUDAR DE ESTADO, ou até mesmo MUDAR DE PAÍS. Ele continua acompanhando o time pelo rádio, TV a cabo e Internet. Quer dizer que ele não indo ao estádio POR INCAPACIDADE GEOGRAFICA ele instantaneamente deixa de ser torcedor?

    E mais: quando o time joga fora de casa, ele automaticamente deixa de ter torcida? Afinal, não tem torcedores do time no estádio, praticamente… Podemos então assumir que Corinthians e Flamengo apenas tem as maiores torcidas do país quando jogam em casa? Se o Corinthians jogar em, sei lá, ARARAQUARA, as 11 da noite, e levar apenas 5mil espectadores ao estádio, terá uma torcida menor que, por exemplo, o Barueri?

    Cada vez mais a “argumentação” do Forza Palestra vai se mostrando falha…

  9. A proposito, sou torcedor do Sport Recife e também do Arsenal

  10. Danilo disse:

    Onde está escrito que torcedor obrigatoriamente tem que ir ao estádio? Que lamentável alguém se achar superior por isso. E ainda falaram de alienação, hahaha!

    Na boa, tem nem como discutir com pessoas assim, Filipe. Um cara que nem te conhece está afirmando se você é torcedor ou não, além de ofendê-lo gratuitamente. Olha a mentalidade…

  11. Fernando Ribeiro disse:

    A discussão é altamente subjetiva. Nunca chegaremos a um consenso. Partindo desse pressuposto, o torcedor que não compra camisas e produtos oficiais também não ajuda o time, ainda que vá sempre ao estádio, correto?

    Vou a quase todos os jogos do Santos na Vila e em São Paulo, fui ao Uruguai assistir a final da Libertadores, mas acho que isso não faz de mim mais santista do que os demais.

    Assistir jogos em estádio é fantástico, sensação indescritível, mas não é a única forma de se envolver com o clube que ama. Até porque existem muitas variáveis que podem interferir sua presença em um jogo, como condição financeira, horário de trabalho, estudos, etc…

    Torcedor é aquele que torce. vibra com o time. Estádio é outra coisa.

  12. Gabriel Avellar disse:

    Onde eu assino, Filipe? Me envergonho ter que ler palmeirenses falando merdas como essas.

    Desde quando não ir ao estádio é sinônimo de não ser torcedor? Quer dizer então que no 1º semestre desse ano, que mal pude ir nos jogos, por falta de tempo (graças a faculdade), deixei de ser torcedor? Me poupe!

    Pior ainda é o cara distorcer tudo o que você falou (como pegar parte de uma frase sua e usá-la fora de contexto).

    Lamentável isso.

  13. Andei pensando muito sobre o assunto e me veio a mente a torcida “Fluruguai”. Essa torcida do Fluminense existe a anos no Uruguai e foi fundado por um uruguaio. Mas só que a torcida em si nunca foi assistir a um jogo sequer do tricolor, somente o fundador, que se propôs a ir a um Inter x Fluminense (salvo engano da minha parte, foi neste jogo). Eis que nesse ano, o Fluminense foi ao Uruguai enfrentar o Nacional e finalmente a Fluruguai pôde pela primeira vez acompanhar um jogo de seu time in loco.

    São tricolores, mas não estão no Brasil. Isso não significa que sejam mais ou menos torcedores que aqueles tricolores que estão todos os dias nas Laranjeiras acompanhando os treinos, no Engenhão assistindo aos jogos e até os malucos que pixaram muros por causa da má campanha do time.

    O engraçado do assunto é que sobre a Fluruguai, todos acharam a coisa mais linda do mundo!

    Cada um acompanha e torce por seu time do jeito que pode!

    Se um uruguaio pode torcer pro Fluminense no Uruguai, um brasileiro pode torcer pro Arsenal estando no Brasil.

    Também tenho o exemplo de mim mesmo: nunca vi o Vasco in loco, mas não significa que não tenha feito festa quando ganhamos a Copa do Brasil, assim como fiz festa quando dentro do estádio Heriberto Hülse, vi o Criciúma derrotar o Macaé e subir para a Série B.

  14. Oswaldo Botrel disse:

    Sou contra qualquer tipo de recriminação sobre esse assunto. Cada um torce pra quem achar que deve. Se dá pra ir ao estádio ou não é outra coisa. Existem mil formas de vc ajudar o seu time, não é só comprar o bilhete e rodar a catraca.

    Eu morava mais “próximo” a São Paulo, ia ao Morumbi quase sempre ver meu time jogar, mesmo tendo que enfrentar 300 km de estrada, gastar uma grana desgraçada. E mesmo indo pra lá duas ou três vezes ao mês, nunca me senti mais torcedor que ninguém. Repito, mesmo com todo o esforço e a grana que eu gastava. Você pode ajudar o seu clube de diversas formas: comprando produtos oficiais, se tornando sócio, comprando o PPV, ou simplesmente gastando o seu tempo, em frente a uma tv, assistindo aos jogos da sua equipe.

    É por pensamentos pequenos como esse que o futebol brasileiro está nessa merda, em um momento em que, mesmo com tanta grana, está andando pra trás, não só esportivamente quanto politicamente. É por isso que times tradicionais, como Palmeiras, estão se afundando até o pescoço e tendem a se tornarem Vitória, Sport Recifes da vida mesmo com tanta torcida. Porque a torcida acha que ajuda somente indo ao campo. O clube tem um trabalho de marketing NULO e não arrecada quase nada com venda de produtos oficiais, se comprarmos com times com torcidas bem menores, como Atlético e Santos.

    Se existem pessoas que torcem para times de fora, podem ter certeza, é pela lacuna que os próprios clubes daqui abriram para que isso acontecesse e também por torcedores que acham que são maiores que a instituição, como é o caso do nosso amigo ai, que defecou um monte de bobagem e nenhum argumento válido. Torcer, apoiar, é ajudar. Se você ajuda um clube, de qualquer uma das formas que eu citei, você pode se considerar um torcedor. Independente da parte do mundo onde se encontra o seu time. Entenda, “grande jênio”, que se o seu clube não tem grana dos produtos oficiais, da tv aberta e do PPV – que esses caras que não vão ao estádio consomem – ele não sobrevive. É com essa grana que seu clube contrata, é com essa grana que seu clube mantém o seu patrimônio. Essa grana é bem mais importante do que a da bilheteria, que no caso de muitos clubes, no fim do ano, não faz nem 5% das receitas. Então, seu argumento é totalmente inválido e infundado.

    Se o cara torce pro Sport ou pro Kashima Antlers, tanto faz. O importante é gostar, levantar a bandeira do time, vestir a camisa. O resto é papo pra boi dormir!

  15. Esses palmeirenses me dão sono…

    Muita ofensa, muito mimimi, muito achismo, muita vontade de ser o dono da verdade e pouco cérebro. Felizmente nem todos são que nem esse @ForzaPalestra.

    Cheers,
    Bitner

  16. Nunca li tanta bobagem sobre futebol , como o cara pode AMAR um time que ele nunca viu de perto , não faz parte da história de vida dele (caso vc tenha nascido em Lyon ou uma cidade vizinha e veio morar aqui no Brasil , alivia um pouco … rs), não é do estado dele , da cidade , nem mesmo do país que ele nasceu?
    Ainda outra conheceu o clube devido as suas conquistas recentes a partir de 2000 (Lyon) , e vendo que seu ‘time’ no Brasil não vai bem e decide de uma hora para outra -Taí sou torcedor do Lyon ! (Liverpool , Chelsea , Milan ,Barcelona , Real Madrid) .
    Tudo bem , agora meu argumento vai ser destruído com o incrível argumento usado contra o @forzapalestra ”VC É UM SEM INFÂNCIA QUE SOFREU BULLYNG POR NÃO TER TIDO UM VIDEO GAME” MEU DEUS QUE ARGUMENTO ! AÍ SIM TEREMOS UM JORNALISTA !

    • filipedidi disse:

      Fred, a resposta que dei ao Forza Palestra foi uma réplica a expressão que ele utilizou para rotular a chamada “Geração Winning Eleven”. Certamente ele tem algum rancor com vídeo-game. Só pode ser isso. Em momento algum foi um argumento do texto. Foi uma suposição baseada na aversão dele mesmo. Seguramente ele deve ter cospido na tela do computador quando apontei o seu trauma da infância.

      Sobre ao Lyon que foi citado, sim, amo o clube. Não preciso estar lá na França para saber o que acontece e muito menos para ver aos jogos. Tenho tudo isso em mãos a hora que eu quiser.

      Se, até então, você não conhecia ninguém que seria capaz de fazer isso, prazer. Se você não é maduro o suficiente pra ENTENDER isso, só lamento por você. Só te peço para não me julgar igual outros fizeram. Vocês não me conhecem para tecer constatações.

  17. Filhote de Tiago Leifert – e vale dizer aqui que o fato de você não se sentir ofendido com isso é bastante significativo:
    Sério que você vai insistir nesse papo do videogame? Que sofrível, cara; você realmente parece uma criança quando escreve semelhante aberração. Não tem vergonha não?
    Você próprio se encarrega de produzir o conteúdo que vai te envergonhar.
    Enfim, siga em frente como bem entender. Eu vou pro estádio logo mais – e sempre.

  18. Sam V. disse:

    Se o torcedor é aquele que empurra o time, não basta ir ao estádio. Um tetraplégico não é capaz de incentivar o time estando no estádio.

    E podemos ir mais longe: só é torcedor quem grita o tempo todo. Não basta ir ao estádio ficar chupando laranja. Tem q jogar a casca no juiz e gritar o tempo todo.

    Essa discussão etimológica é uma piada.

    Didi, não perca seu tempo debatendo com o Forzapalestra. Ele é só um pirado que prefere diminuir o interlocutor ao invés de fazer isso com os argumentos.

    Paz!

  19. Gregorio disse:

    Gostei da discussão de vocês, entendo o ponto de vista de voces, eu moro em SC e torço pro sao paulo, só vi o jogo dele em floripa contra o avai e o figueira, e é inegável que é uma emoçõa, que nao tem tela HD que iguale, embora a televisão também sensibiliza, duas das minhas maiores emoçoes no futebol foram na TV copa de 94- penalti do baggio(tinha 8 anos) e mundial de 2005 – gol do mineiro e milagres do rogério ceni, eu penso que torcer pra um time de fora do país soa um pouco estranho, mas entendo, sei lá o mundo é tão global que tudo é possível, entendo mas não consigo ser assim.

    E outra tenho uma saudade do time que eu ia na arquibancada que não existe mais o Atlético Alto Vale que deixou de existir em 2005, a emoção que tive no título da segundona do catarinão de 96 e no segundo turno do catarinão de 2000 se igualam as emoções citadas acima,

    sinto também uma tendencia de gosto à politização(vide op foraRT) e ao mundo alternativo do futebol, tipo Ilhas Salomão ou Samoa Americana.

    Resumindo

    me senti entretido na discussão de voces
    Mas para mim é inegavel que tanto os dois lados da briga estão acima do jornalismo global joão sorrissão

    abc
    gregorio

  20. Luiz Romani disse:

    Meu caro, você não entende as coisas ou se faz de bobo? Você foi rebatido em todas as suas ideias e não apresentou um argumento minimamente racional para debater os ideais defendidos no Forza Palestra. E outra, você sequer conseguiu fazer alguém, com opinião devidamente formada, refletir sobre o assunto.

    É curioso o fato de você não entender – confesso que fiquei impressionando – que o título Winning Eleven não tem relação com o jogo em si. Leia os textos e pensa um pouquinho, faz uma força que entenderá o porquê do nome. Você que faz jornalismo deve saber a importância da interpretação de texto, certo?

    Quanto ao torcer pela seleção brasileira, é obvio que não me considero torcedor, pois, como te disse, torço por um time. Penso na “a torcida brasileira” e na “copa do mundo” e tudo o que consigo pensar é num churrasco imprevisto no meio da semana.

    Por fim, falar em xenofobia é apelação e falta de estrutura para argumentar, mas já que é assim, posso dizer que você é xenófilo, correto?

    Ah, só mais uma coisa, tenta arremessar laranja do sofá pra ver se acerta o campo.

    • filipedidi disse:

      Rebatido em todas as ideias? Cadê? Mostre-me…

      E chega.. chega de querer pregar o bom jornalismo. Mais um argumento falho. Como se vocês fossem autores consagrados de manual “do bom jornalismo”. Vamos parar com esse falso moralismo, né?

      Sobre a seleção, você afirma tudo na primeira pessoa, dando um CLARO exemplo de como só você pensa assim.

      E não, não sou xenófilo. Apenas respeito o próximo.

      E pra terminar, não se faça de bobo com relação ao título.

  21. Infelizmente nosso país foi dominado por pessoas com uma capacidade intelectual muito limitada, sem a minima condição de discutir civilizadamente assuntos delicados como esse.

    Eu tenho uma opinião formada sobre o assunto. Muitos vão dizer que não eu não tenho a minima capacidade de comentar isso, já que tenho somente 17 anos. Pois bem, não faz diferença para mim.

    Pra começar, faço das palavras do Filipe as minhas:

    “Existem pessoas com pensamentos minimalistas. Parecem defender a sua causa de uma forma narcisista, porém infundada. É um misto de medo com pseudo-orgulho. Medo de ver a sociedade inteira torcendo para times de fora – o que seria impossível –. E pseudo-orgulho de defender uma ideia baseada apenas em achismos. Uma causa sem fundamento prático. Sem provas.”

    Em algum momento da história foi criada alguma lei dizendo que um torcedor é obrigado ir a um estádio para ser um torcedor? E tem mais. Foi criada alguma lei que nos obriga a torcermos somente para times do nosso país? Não.

    Ai que está. Eu também sou torcedor de um time francês, o TFC Toulouse. Assim como o Filipe, tenho um Blog sobre ele aqui no Brasil. Também tenho um time aqui no nosso país. Torço para ambos da mesma forma. Não vou ao estádio, mas não me considero menos torcedor por isto. Vivo com intensidade todas as emoções proporcionadas pelos jogos, mesmo assistindo pela televisão ou pela internet (no caso do Toulouse).

    Jamais irei criticar quem acredita que só é torcedor aquele que vai ao estádio ver de perto o seu time. Todos tem direito a expressar a sua opinião. Isso está previsto até nos artigos dos Direitos Humanos:

    “Artigo XIX

    Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.”

    Mas o que eu condeno é quem desmerece o torcedor que assiste pela televisão ou torce por um time da Europa. Não importa que argumentos essa pessoa use. Ela jamais conseguira mudar a minha opinião de que torcedor não é somente aquele que vai ao estádio, e sim o que torce de onde estiver. Seja aqui, no estádio e ou qualquer lugar.

    E Filipe, meus parabéns. Um excelente post, digno de uma pessoa realmente capacitada para se tornar um verdadeiro jornalista. Não aqueles que a grande massa está acostumada a acompanhar nos jornais de meio dia da TV aberta….

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