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Quevilly é um time da 3ª divisão do Campeonato Francês. Atualmente ocupa a 14ª colocação. Mas hoje, dia 11 de abril, foi uma data HISTÓRICA para o modesto time que veste uniforme amarelo. Depois de 85 anos, o Quevilly vai disputar uma final de campeonato. Em 1927 ele foi eliminado pelo Olympique de Marseille na mesma Copa da França.

Hoje, Anthony Laup, atacante do Quevilly, marcou aos 47 minutos do segundo tempo o gol da virada sobre o Rennes, tradicional time da 1ª divisão. No vídeo abaixo, veja como foi o gol. Repare na emoção dos torcedores na arquibancada. Imagine como deve ser sensacional ver o seu time em uma situação dessas? Agora, o modesto Quevilly enfrenta o Lyon na final.

E um detalhe importante: o vencedor da Copa da França garante uma vaga para a Liga Europa da próxima temporada. O Lyon, adversário da final, também disputa outra decisão: a final da Copa da Liga Francesa. O jogo é neste sábado. Se o Lyon vencer o Marseille na final, já garante a sua vaga na Liga Europa, deixando a vaga da Copa da França inteiramente de presente para o Quevilly.

Além de eliminar o Rennes, a zebra Quevilly também bateu outros times maiores como o Angers (da 2ª divisão) e o Marseille, nas quartas de final.

Veja o vídeo clicando AQUI

Como já é de praxe, estava eu passando pela comunidade Doentes por Futebol no Orkut (sim, ainda existem comunidades bem frequentadas e com assuntos interessantes nessa quase extinta rede social). Mas enfim, eis que hoje me deparo com um tópico no mínimo interessante.

O conteúdo da postagem, na verdade, são estatísticas no mínimo curiosas. Tudo ao melhor estilo PVC. Algumas são engraçadas e outras surpreendentes. Confira o material abaixo.

  • Com a unificação da Taça Brasil, Robertão e Brasileiro, o Fluminense, o Coritiba e o Sport são os únicos campeões que jamais foram vices;
  • Apenas sete estados foram campeões brasileiros;
  • Dos quatro grandes do Rio, o Flamengo é o que menos chegou entre os quatro primeiros e é o que ganhou mais vezes;
  • Em 1990, o Corinthians foi campeão brasileiro com um ataque que fez 23 gols em 25 jogos;
  • Harry Welfare jogou dez anos no Flu e fez 163 gols em 166 jogos;
  • Messi não seria o maior artilheiro da história de nenhum grande do Rio. AINDA;
  • O Atlético Mineiro foi rebaixado em 2005 com a quinta melhor defesa do campeonato;
  • Emerson Leão é o único que disputou duas copas no mesmo país (1970 e 1986);
  • Liédson fez cerca de 30% dos gols do Sporting durante sua passagem por lá;
  • André Luiz é tricampeão brasileiro (2002-2004-2010);
  • Thiago Sales foi bicampeão brasileiro por Flamengo e Fluminense. No Fla, entrou em campo catorze vezes e no Flu, nenhuma;
  • O Joinville tem mais títulos catarinenses que o Criciúma;
  • Mauro Galvão jogou futebol em quatro décadas diferentes (79-2002);
  • O zagueiro Ronald Koeman foi artilheiro de uma Liga dos Campeões, jogando ao lado de Romário e Stoichkov;
  • A final da Copa do Rei já foi Real Madrid versus Real Madrid Castilla;
  • Em 2001, o Atlético entrou em campo com um time em que todos os jogadores passaram pela seleção, seja principal ou olímpica. O time era: Velloso; Baiano, Álvaro, Marcelo Djian, Felipe; Djair, Gilberto Silva, Ramon, Valdo; Guilherme e Marques;
  • Em competições oficiais pela seleção, Fred tem média de um gol a cada 17 minutos;
  • Loco Abreu passou por 19 clubes;
  • Edmundo só não jogou por São Paulo e Botafogo no eixo. Também passou pelo Grêmio de grande. Já Luizão, só não jogou por Fluminense, tendo passado pelo Grêmio ainda. Mas o grande nômade do futebol hoje é Diego Souza, que passou por Fluminense, Flamengo, Grêmio, Atlético Mineiro, Palmeiras e Vasco. Renato Silva já atuou pelos quatro grandes do Rio;
  • Vítor, lateral meio esquecido da década de 90, é tetracampeão da Libertadores (92/93/97/98). Mais do que qualquer clube brasileiro;
  • Joel tem quatro passagens pelo Vasco, 3 pelo Flu, 3 pelo Botafogo e cinco pelo Flamengo, tendo inclusive uma pelo América;
  • Liverpool teve 20 treinadores em sua história. Impressionado? O West Ham, fundado 1895, teve até 1989 apenas cinco treinadores em sua história. Hoje já são onze. John Lyall, por exemplo, foi treinador por mais de 700 jogos com aproveitamento de 30%;
  • Loco Abreu só passou dos 50 jogos por dois clubes: Botafogo e Cruz Azul. De fato, ele fez mais jogos pela seleção uruguaia do que todos os clubes que passou exceto o Alvinegro;
  • Fred foi o artilheiro do Carioca de 2011 com dez gols. Nove feitos na Taça Guanabara;
  • Sport e Náutico, desde a era pontos corridos, sempre estiveram na série A juntos. Em 2012 não será exceção;
  • O Wigan é o único clube inglês que nunca foi rebaixado;
  • Osasuna foi o primeiro time a ganhar do Barcelona de Guardiola e do Real de Mourinho;
  • Da década de 90 pra cá, o Fluminense só emplacou três artilheiros no estadual: Super-Ézio, Fábio Bala (!) e Fred. Só o Romário conseguiu cinco vezes nessa época;
  • O Fluminense ganhou todos os estaduais terminados em anos terminados em cinco desde 1975;
  • Eto’o é o único jogador a marcar gol em todos os dias da semana pela La Liga;
  • O terceiro e quarto maiores campeão gaúcho são o Pelotas e o Guarany de Bagé, com dois títulos. Grêmio ou Inter ganharam quase 84% dos títulos. A última vez que alguém da dupla não esteve na final foi em 1939;
  • O Vitória passou 44 anos sem ganhar o Campeonato Baiano;
  • Em 77, Reinaldo marcou 28 gols em 18 jogos pelos brasileirão;
  • O aproveitamento do Coritiba em 1985 foi pouco maior que 50%. Em vinte e nove jogos, ganhou doze, perdeu dez e empatou sete. Fez apenas 25 gols (menos da metade do vice, Bangu) e terminou com saldo negativo;
  • O Brasil só jogou um jogo fora do Maracanã em 1950. Em 2014, periga jogar nenhum;
  • A seleção que mais disputou eliminatórias para a Copa do Mundo foi Luxemburgo;
  • Lineker nunca levou um cartão sequer na carreira;
  • A Copa do Brasil nunca foi decidida nos pênaltis;
  • São Paulo ficou 27 anos sem ganhar o Palmeiras no campeonato brasileiro;
  • Souleymane Maman tinha apenas treze anos ao entrar em campo pela seleção do Togo em um jogo de Eliminatórias da Copa;
  • Di Stéfano jogou por três seleções e nunca conseguiu ir pra Copa;
  • Em 1959, Pelé fez 100 gols pelo Santos. Em 1961, fez 110;
  • O Fluminense não vence o América Mineiro à quase 60 anos;
  • A Libertadores de 2006 teve 14 artilheiros.
Gostou? Confira a postagem na íntegra clicando AQUI

Aceitem o Galvão Bueno!

Publicado: novembro 13, 2011 em Uncategorized
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Na última semana todo mundo ligado ao meio esportivo e do entretenimento só falava em uma coisa: Galvão Bueno vai narrar o UFC na TV Globo. A curiosidade bateu instantaneamente. Muitos já esperavam as gafes e mancadas do tradicional narrador. O assunto inclusive foi parar nos trending topics do Twitter no exato dia em que a sua escolha como anfitrião da programação foi definida.

Chegou o sábado e eis que chegou o momento da luta. Galvão começou chamando os atletas de “Gladiadores do terceiro milênio”. Ok! Mais um bordão. Engraçado, tosco ou bobo?… Não importa, ali parecia que o narrador já seguiria a linha que ele já permeia no futebol e na fórmula 1.

Entretanto, a luta, em si, demorou pouco mais de um minuto. Em um contexto geral, o que se viu não foi um Galvão atrapalhado. Muito pelo contrário. Em certos momentos até parecia entender um pouco do assunto (ou ao menos parecia ter estudado para fazer aquele tipo de trabalho). Errou em algumas nomenclaturas e chegou a dizer que o Cigano aplicou “quase um gancho”. Está errado? Sim. Confundiu jab com gancho. Mas isso não é motivo para esculachar a transmissão, que por sinal, foi muito boa dentro do tempo em que ocorreu.

A lição que fica é: o Galvão é um mito. Você querendo, ou não! O cara soube colocar uma emoção absurda em uma luta teoricamente “comum”*. E isso é um preceito básico da TV aberta. Ele faz o trabalho dele com a maestria que poucos conseguem. É chato? É… Mas é muito mais folclorizado por suas pérolas do que qualquer outra coisa. E tem mais: todos ficaram criticando-o durante toda a semana e garanto que muitos que ligaram a TV hoje esperavam ver fiascos e gafes. Mas não foi isso que vimos. E por fim, conseguiu ser um profissional que toda a emissora sonha: a TV Globo fechou com 18 de audiência contra 6 da TV Record. Disparidade monstruosa. 60 milhões de televisores ligados. Dever cumprido. Emoção à flor da pele e fãs do MMA satisfeitos.

Quem o criticou se encaixa em um dos dois grupos: ou já era um super-master-power (porém pseudo) fã de MMA, e estava acostumado com o Canal Combate – e não quer ver seu esporte ser difundido popularmente –. Ou então já tem por educação criticar o Galvão Bueno onde quer que ele esteja. Pessoa tipicamente influenciável e que vai ao estádio para mandá-lo ir tomar caju para fazer coro na transmissão da TV.

Ainda existe um terceiro grupo que argumenta dizendo que o Galvão interrompeu as palavras do tradicional apresentador do evento, o maître do UFC, Bruce Buffer. Nesse caso, entramos em outra questão. Quantas milhões de pessoas estavam assistindo o evento pela primeira vez? Quem seria o responsável por deixar um cara falando, em inglês, ao vivo, para uma população de 14,6 milhões de analfabetos? Pois bem, isso é mais um preceito básico da TV aberta. Só entra alguém falando em inglês se tiver alguma legenda, ou alguma tradução simultânea. Como não tinha, o jeito era atropelar Bruce Buffer e manter a fala por cima da dele mesmo. Não havia outro jeito.

Resumindo: esse tipo de transmissão para TV aberta é 70% emoção e 30% informação. Não dá para falar ao microfone que fulano finalizou com um katagatame, ou que beltrano aplicou uma guilhotina, ou que sicrano encaixou um triângulo. A audiência (ainda) não conhece esses termos. São informações que teriam que ser passadas ao longo do tempo, e com uma sequência massiva de transmissão, até cair no conhecimento do público. Isso é degradê. Não pode ser aplicado de maneira instantânea. Geraria repulso por parte da audiência.

Está procurando a originalidade das transmissões? Então volte ao Canal Combate. Ele continua por lá. Acontece que a TV Globo visualiza a audiência, assim com Dana White (dono do UFC). E audiência significa dinheiro. A transmissão da TV aberta não pode – e nem deve – mudar por capricho de meia dúzia de fanáticos que não querem presenciar a revolução que o MMA está se tornando.

Se você se encaixa nesse grupo que não gostou do que viu, é bom já ir se acostumando! A tendência é aumentar a quantidade de transmissões. Isso foi apenas o começo. A TV Globo detém o direito de transmitir qualquer evento do UFC que acontece no Brasil e mais três que ocorrem no exterior. Cabe ao critério da emissora decidir qual vai ser transmitido, ou não.

Se a Globo decidir escalar outro narrador na próxima luta, também não faz errado. Eu sou daqueles que torce pela escolha de João Guilherme (narrador do próprio Canal Combate). É um profissional que já acompanha o esporte desde muito tempo e tem cacife para transmitir na Globo. Nesse caso, Galvão já teria feito a sua parte. O cartão de visitas já foi dado. E muito bem dado. Quem discorda volte e leia o 5º parágrafo deste texto.

E fica um aviso aos pseudo-entendidos do MMA: não é porque você sabe o nome de todo mundo da família Gracie; sabe os nomes de todos os golpes e como aplicá-los; ou então conhece o cartel inteiro do Fedor, Cro-Cop, GSP, ou Chuck Lidell; que você é melhor do que os outros que começaram a acompanhar a pouco tempo. Lembre-se que o futebol – que já é um esporte popularizado no nosso país – também possui os entendidos, os torcedores, os palpiteiros, os bairristas, os “sabem-nada” e os simpatizantes. Aprenda a lidar com as diferenças. E repito: acostume-se com isso.

* Quando disse “luta comum” me refiro à disputa de cinturão, que não é um evento que acontece uma, ou duas vezes por ano. Acontece mais vezes, diferentemente de uma final de campeonato de futebol, por exemplo. O confronto do Cain Velazques contra o Júnior Cigano foi uma baita de uma luta, e isso é inegável.

Tragam suas cascas de laranja!

Publicado: agosto 20, 2011 em Uncategorized

Reabro este espaço para refletir sobre um tema que me assolou durante essa última semana. Acho justo contar a história desde o início para vocês acompanharem a linha de raciocínio desde o princípio. Primeiramente, vi um post do blog Ortodoxo Moderno, questionando e criticando a postura de um colunista do periódico “Agora” de São Paulo. Na publicação, o jornalista Adriano Pessini condenava torcidas de brasileiros que se organizam e torcem por times internacionais. A crítica sobre a coluna foi feita por Márcio Donizete, e ao meu ver, conseguiu rebater a altura, expôs sua opinião com clareza, ao ponto de me fazer concordar com o que tinha sido dito. Leia a postagem inteira AQUI.

Achei sadio um blog rebater uma publicação de um grande jornal brasileiro e como concordei com o que foi dito, não deixei de tecer o meu próprio comentário na postagem:

A resposta pra esse Adriano é simples. Será que ele não sabe que o Brasil foi CINCO vezes campeão mundial???? E será que ele também não sabe que todas essas cinco vezes, 99% da população brasileira assistiu pela TV???

Se ele se encaixa nesses 99%, ou pelo menos já presenciou algum brasileiro torcendo após vencer uma Copa do Mundo, digo pra ele que o sentimento do torcedor de time estrangeiro comemora da mesma forma.

Eu, por exemplo, torço FERVOROZAMENTE pelo Lyon da França. Sou dono do único blog brasileiro do time e falo, sem problemas, que ultimamente ele vem me dando mais alegrias que o meu time aqui do Brasil. Assisto todos os jogos, e pra conhecimento do Sr. Adriano, ultimamente não existem apenas TVs em HD, mas também a INTERNET, que tem um alcance MUITO maior que uma simples caixa de tubos. Se eu quiser ver a segunda divisão da Finlândia, eu consigo. Se eu quiser ver um amistoso da Seleção da Ilha de Páscoa, na beira da praia, com os famosos tótens ao fundo, eu também consigo… e JÁ VI!.

Portanto, Adriano, sua coluna foi absolutamente infeliz. Você não tem conhecimento de causa pra palpitar dessa forma. Tenho absoluta certeza que você, sequer, conhece essa torcida do Arsenal que foi citada. Dessa forma, proponho um desafio. Uma tarefa antropológica. Passe uma semana acompanhando essa torcida. Mas esqueça o jogo. Observe as reações. Se você notar alguma coisa de diferente dos famosos torcedores de radinho, que encontramos aos montes no Brasil, eu retiro tudo que disse nesse comentário.

Publiquei de maneira despretensiosa.  A ideia não era levar o assunto adiante. Entretanto, pouco tempo depois, recebi o apoio do próprio autor do post e de alguns que visitaram a postagem, concordando com a minha opinião. Fiquei satisfeito pela pequena repercussão, e não achei que passaria daquilo ali.

Eis que, no dia seguinte, os mesmos que me elogiaram, me mostraram uma postagem em outro blog. O Forza Palestra atacou, AQUI, de maneira preconceituosa, a postagem do Ortodoxo Moderno e fez acusações embasadas no vazio, ou então no juízo de valor formado pelo nicho em que ele vive. Fiquei incomodado com aquilo e publiquei a seguinte postagem no Twitter, em protesto:

A crítica foi fundamentada em uma analogia do futebol antigo. Na época citada, os torcedores que não se conformavam com pensamentos opostos ao seus, arremessavam ao gramado, de maneira inconsequente, qualquer objeto que havia ao seu alcance. Frutas, como as laranjas, eram algo bastante comum nos estádios de futebol, e como só sobram as cascas e os bagaços, não havia hesitação na tentativa de agredir ao árbitro ou adversários.

Não demorou para que o próprio Forza Palestra me rebatesse no Twitter. O que desencadeou uma conversa que perdurou por grande parte daquele dia. Segue abaixo a primeira parte da conversa:

Não precisa fazer muito esforço para reparar que logo na segunda postagem dele, já fui atacado de maneira irresponsável por uma pessoa que prega o “bom jornalismo” a todo momento. Perdeu-se ali um dos princípios básicos, que se aprende ainda no primeiro período da faculdade de Jornalismo: saber ouvir.

Na terceira postagem ele já me atinge, fazendo comparações absurdas, e me tratando de uma maneira generalizada, como se eu já fosse um velho conhecido, que não tinha os mesmos pensamentos dele. Por fim, formei a minha opinião sobre o impulsivo perfil que me agredia: ele realmente parece ter inveja dos adolescentes de hoje em dia, que possuem um vídeo-game em casa, e conseguem preencher seus horários de ócio com algum entretenimento. Não que isso seja alguma vantagem, mas nitidamente ele deixa transparecer que tem algum problema com esse tipo de situação. Talvez um trauma de infância, quem sabe (?).

Depois de algum tempo, quando se viu desarmado e, incontestavelmente, sem argumentos, decidiu usar um artifício medroso. Recortou um pedaço, ao léu, da nossa conversa (mais um exemplo de mau jornalismo), e publicou no seu perfil. Indiretamente ele fazia um convite aos seus mais de 2 mil seguidores para me atacarem, sem ao menos o pessoal saber do que se tratava.

Obviamente, alguns mancebos e fantoches manipulados apareceram para concordar com o “dono da verdade”.  A partir de então tive um diálogo (se é que podemos chamar assim) com mais três pessoas que compactuam com a mesma opinião do Forza Palestra. As conversas estão printadas abaixo. Na íntegra (diferentemente do que ele faz), e fica perceptível quem é que realmente tem, e quem não tem, argumentos.

Quando realmente achei que poderia conversar, o tão soberbo argumento dos ditos “torcedores de verdade” se baseia apenas em rodar a catraca do estádio. O ato de ir para as arquibancadas, na visão deles, o tornam torcedores, e os demais não. Volto ao comentário que fiz no Ortodoxo Moderno. Buscarei apenas o primeiro parágrafo para refrescar a memória:

(…) Será que ele não sabe que o Brasil foi CINCO vezes campeão mundial???? E será que ele também não sabe que todas essas cinco vezes, 99% da população brasileira assistiu pela TV???

Reforço que sou torcedor do Lyon da França SIM! Comemoro e vibro em casa, vendo pelo sofá, SIM! Mas me diga, com provas cabais, o que tornam eles mais torcedores do que eu? Será que vou precisar assistir aos jogos pela TV com um saco de laranja ao lado do meu sofá? E meu cachorro? Onde ficará posicionado? Vou precisar reestruturar o espaço físico da minha sala para me adequar ao modelo antigo e tacanho de ver futebol.

Em seguida, foi a vez de um outro torcedor rebater a minha opinião. Mais um influenciado pela chibatada do capataz-mor que ditou a minha linchada por debaixo dos panos.

Meus amigos, por favor, peço a opinião de forma sincera. Quem são os alienados nesse caso? Se eu realmente estiver errado em tudo isso, me avisem. Não é possível que eu seja a conspiração do universo. Será que realmente faço parte de uma corja que está assolando o futebol brasileiro? Estou acabando com a paixão? Será que a geração “Winning Eleven”, tão condenada pelos palestrinos vai rasgar, por osmose, as obras de Nelson Rodrigues? O mais cômico é ver que essa xenofobia vem de parte de torcedores de um time que já teve Itália em seu nome. Será que já houve esse tipo de reflexão por parte deles? Mas enfim, não vou entrar em detalhes, até mesmo para não fugir do ideal.

Por último, tive um bate-papo com o último torcedor que condenava o meu modo de ser (nesse caso, não é nem modo de torcer, afinal de contas, para eles, não sou considerado um torcedor). Esse, ao menos, soube ter uma conversa de gente grande. Não me rebateu com agressões, mas no final também ficou desarmado. Veja:

… e não obtive resposta até então. Resumindo? Existem pessoas com pensamentos minimalistas. Parecem defender a sua causa de uma forma narcisista, porém infundada. É um misto de medo com pseudo-orgulho. Medo de ver a sociedade inteira torcendo para times de fora – o que seria impossível –. E pseudo-orgulho de defender uma ideia baseada apenas em achismos. Uma causa sem fundamento prático. Sem provas.

Deixo o espaço aberto para debatermos sobre o assunto. Realmente fiquei espantado. Não sabia que existia essa espécie de xenofobia-brasileirinha de torcidas por aqui. Discordando disso, ou não, acho um assunto amplo. Dá para haver um debate interessante sobre o tema, desde que seja com pessoas que realmente tenham argumentos (válidos) e que saibam conversar de maneira civilizada, como foi o exemplo do torcedor do último print.

Já aviso de antemão que não aceitarei comentários com xingamentos nesse post. Quem quiser postar aqui seja, no mínimo, educado.  É o principal fundamento para qualquer conversa de gente que recebeu educação. Não me venham ser arruaceiros de estádios. Mas se quiserem trazer suas laranjas, o espaço está aberto. Só não arremessem no juiz, adversários ou em mim.